Mais uma vez prossigo na longa jornada até a formação completa, e digo completa pois, nesses longos 4 anos estou em constante processo de formação. E num curso de Licenciatura, o divisor de águas é o Estágio Supervisionado. Primeiramente a observação foi de tamanha importância,isto porque, consegui avaliar a metodologia de um profissional que está na carreira educacional a mais de 20 anos. E nessa nova oportunidade e ultima no nível fundamental, posso concluir que realmente é uma tarefa árdua e difícil, pois, numa série inicial, recebemos alunos com um déficit muito grande em todas as disciplinas ( graças ao péssimo desempenho e qualidade de ensino do primário), principalmente geografia. Chegam no 6º ano sem ao menos saber noções de localização, espaço geográfico, mapas e infelizmente muitos não sabem nem ler e interpretar. Mas, não relatarei tudo agora, deixarei por tópicos.
Agora um pouco da turma
6º ano F- VESPERTINO DE 2014 Colégio Municipal Doutor João Paim- São Sebastião do Passé
A sala é coordenada pela professora Maria do Socorro, com 20 anos de experiência e Licenciada em Pedagogia, mas, por muitos anos designadaa ensinar geografia, por seus conhecimentos na disciplina e facilidade de ensino.
A turma é bastante agitada, desorganizada, brigam por quaisquer motivos e usam palavras de baixo calão em todas as conversas. Totalmente dispersos, entretanto sentiram-se no início a vontade com minha presença. Logo, após as primeiras aulas, mostraram a verdadeira falha da turma: a falta de concentração e baixo escore. Como o estágio começou no início da IV Unidade, professora deixou-me totalmente a vontade para desenvolver minhas habilidades ( se é que tenho). Os assuntos a abordar seriam
RELEVO,HIDROGRAFIA , os dois foram concluídos, mas, acredito que poderia ter abordado mais, só que infelizmente para que a sala conseguisse parar eram quase 10 minutos perdidos.
Na primeira aula fui apresentada e fiquei observando a informação das médias e os pontos a serem conseguidos na ultima unidade, no momento pensei o que poderia fazer com alunos como Tainá Dias que precisava de 11 pontos. A professora, que já foi minha orientadora do 1º Estágio, mostrou-me o livro didático ( o que percebi ser o único recurso didático), as páginas e capítulos a serem estudados e daí em diante me vi entregue a 34 alunos para tentar conciliar a minha forma de aprender com as deles. E realmente é difícil essa prática, pois, começamos a acreditar que nosso nível pode ser entendido por alunos que nem a base tiveram. Minhas tentativas de interação foram medianas, isto porque, eles não conseguem se concentrar em nada de estudo, só a base de gritos (como vi na aula anterior a minha), e eu não queria chegar nesse nível e permaneci firme, gritar nunca, entretanto, precisei relembrar que ali era um momento de aprender e respeito sempre é bom. Mas, enfim começamos a falar do Relevo e suas formas, utilizamos o livro poucas vezes; nem todos receberam.
Na segunda aula em diante, levei aulas do telecurso 2000 sobre a Deriva Continental, Placas Tectônicas e... eles gostaram, me ajudaram momento que o computador travou, e solicitaram assistir numa outra sala ( as salas do colégio não tem janelas, apenas cobogós, e os ventiladores estavam todos quebrados), fomos e assistimos e solicitei uma lista de questões a respeito da vídeo aula, discutimos na aula e poucos associaram a atividade. E mais um fato: Aluno só é movido a pontuação? Eles só se empenham se valer nota.

PS: A professora segura um livro do nono ano, pois estava adiantando nessa turma.